PSG explica recusa em pagar os 55 milhões de euros reclamados por Mbappé

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O Paris Saint-Germain recusou-se a pagar 55 milhões de euros exigidos por Kylian Mbappé, apesar de a Comissão Paritária de Recurso da Liga Francesa de Futebol (LFP) ter decidido a favor do jogador gaulês, informou esta sexta-feira (25) uma fonte próxima à AFP.

A LFP francesa tentou, sem sucesso, fazer uma mediação entre o atual atacante do Real Madrid e seu ex-clube.

Esta decisão não é vinculativa para o PSG, que aguarda uma decisão judicial de um tribunal competente.

Este novo capítulo da disputa entre o atual campeão francês e o seu ex-jogador ocorre no contexto da abertura de uma investigação de violência na Suécia, depois de o jogador e pessoas da sua confiança terem passado por Estocolmo há duas semanas. A imprensa sueca afirma que a investigação se concentra em Mbappé.

No litígio entre Mbbappé e o PSG, o capitão da seleção francesa exige 55 milhões de euros em salários não pagos e outros bônus do seu antigo clube.

Por iniciativa do jogador dos "Bleus", a comissão jurídica da LFP tinha defendido a mediação no mês passado, mas diante da recusa de Mbappé, pediu ao PSG o pagamento dos 55 milhões de euros, decisão da qual o clube recorreu.

A comissão mista de recurso ratificou o pagamento dessa quantia.

Depois da sentença, o PSG explicou a decisão de não pagar os 55 milhões de euros.

"Tendo em conta os limites da competência legal da comissão da LFP para tomar uma decisão completa sobre esta matéria, esta deve agora ser submetida a outra jurisdição, já que a LFP não teve em conta os acordos celebrados entre clube e jogador em agosto de 2023. Queríamos argumentar não só a existência de um acordo entre as partes, mas também a má-fé do jogador, que não respeitou as suas promessas. Agora que a comissão de recursos confirmou o parecer da comissão jurídica, o PSG decidiu levar o assunto aos tribunais competentes, continuando a tentar encontrar uma solução amigável com o jogador", disse um porta-voz do PSG ao jornal francês "Le Figaro".

Ao mesmo jornal, o porta-voz do clube parisiense deixou claro que o clube "não vai pagar" qualquer montante a Mbappé.

"O jogador deixou claros e reiterados os compromissos públicos e privados que o clube simplesmente lhe pede que honre e respeite face às vantagens inéditas de que beneficiou do clube durante sete anos no PSG. O clube espera que a palavra proferida seja respeitada sabendo que se o jogador infelizmente decidir continuar esta disputa, o clube será obrigado a fazê-lo ser julgado pelos tribunais competentes e a ter o dano que sofreu e continua a sofrer reconhecido como um resultado da posição incompreensível do seu ex-jogador. É de facto uma questão de boa-fé, de honestidade, de manutenção de valores e de respeito pela instituição parisiense e pelos seus adeptos", finalizou o representante dos parisienses.

Assim, é de esperar que o PSG recorra a outros tribunais, num caso que deverá não conhecer uma decisão final no início do próximo ano.

Kylian Mbappé chegou ao PSG em 2017, pela astronómica quantia de 170 milhões de euros, pagos ao Mónaco. Esteve sete anos no emblema parisense, tendo saído como o melhor marcador da história do clube, com 256 golos em 308 jogos. Recusou renovar, abriu guerra com o presidente do clube, antes de sair a custo zero para assinar pelo Real Madrid